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casas rurais: quem está a investir na vida no campo

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casas rurais: quem está a investir na vida no campo
extracto: 

o mercado imobiliário tem sido um dos mais castigados com a crise económica. as casas não se vendem, as hipotecas ficam por pagar, os despejos aumentam e a angústia das famílias também. o cenário é conhecido sobretudo nas cidades, mas como será nas zonas rurais? o tão falado “regresso ao campo” existe mesmo?

em declarações ao idealista news, francisco grácio, sócio-gerente da imobiliária portugalrur, especializada na comercialização de imóveis rurais, afirma que a procura mudou radicalmente nos últimos três anos. “antes eramos procurados por casais ainda jovens, muitos deles com filhos de colo, que procuravam as casas rurais e quintinhas no interior para compra. pretendiam depois restaurá-las para virem passar fins-de-semana e férias. muitos deles faziam-se acompanhar do crédito já pré-aprovado para a compra e para as obras”

mas depois veio a “crise” e, segundo o francisco grácio, estes “clientes” desapareceram. “representavam uma fatia muito significativa das nossas vendas. hoje, o nosso cliente é quem por norma não recorre ao crédito bancário, dadas as dificuldades impostas pela banca e pelo resultado de avaliações feitas bastante abaixo do valor real de mercado”

o responsável da portugalrur admite que o preço de muitos imóveis estava inflacionado e que foi necessário um reajustamento “muito significativo”, para que fosse possível vender

o cliente dos dias de hoje surge-nos dos países emergentes, do leste europeu, da austrália, do brasil, angola, moçambique, inglaterra, países do norte da europa, alemães e muitos portugueses que estão a aplicar uma parte significativa dos seus recursos financeiros em terra (herdades e quintas), porque entendem tratar-se de investimentos firmes, seguros e duradouros. são pessoas com dinheiro para investir, que utilizam as suas poupanças e aplicações financeiras para a compra de terrenos, muitos deles vendidos a bons preços, e com retorno em termos do investimento exercido”

 

apostar no turismo e empreendedorismo

em declarações ao idealista news, rui torgal, director de operações da era portugal, afirma que, actualmente, há mais “e melhores” oportunidades e que tem crescido a oferta de imóveis nestas zonas. “as mudanças evidenciam-se ao nível das tendências da procura. há uma crescente procura por soluções alternativas às grandes cidades e também pessoas que procuram experiências de bem-estar e evasão e optam por zonas rurais”, diz o responsável

também telmo pina, da imobiliária era de lamego, acredita que vão surgir, na sua zona, ainda mais imóveis no mercado, como terrenos e armazéns industriais, mas também propiedades diferentes como quintas no douro. “se nos virarmos mais para a zona do douro, por exemplo, poderemos encontrar grandes quintas, com situações financeiras complicadas, que podem entrar no mercado. estou convencido que, nestes casos, as vendas passarão pela banca, que terá financiado muitos projetos nesta área de negócio”

telmo pina admite porém que as casas rurais são difíceis de vender, não só pela actual conjuntura económica, mas também porque a baixa densidade populacional nestas zonas dita uma menor rotatividade de transacções imobiliárias. na opinião do promotor, o problema poderia ser atenuado com algumas medidas económicas que premiassem o empreendedorismo nestas regiões

rui torgal acredita que “fazer do turismo residencial uma realidade” pode ser a melhor solução. “segundo dados do turismo de portugal sabemos que nos últimos anos o crescimento deste tipo de turismo situou-se entre os 8 e 12% e estima-se que esta tendência se vá mantendo, o que fará deste mercado um dos mais importantes da indústria turística, daí a importância da divulgação da nossa oferta imobiliária a nível interno e sobretudo externo”

 

mais procura nos terrenos agrícolas

paulo teixeira, responsável pela imobiliária princesa do tâmega, conta ao idealista news que, no concelho de amarante, ainda há muitos sinais de desertificação, mas admite que há alguns, ainda que “poucos”, indícios de inversão desta tendência, com a procura crescente nos últimos tempos de terrenos agrícolas de dimensão considerável. “por vezes, não é fácil satisfazer esta necessidade quando a procura incide sobre terrenos de maior dimensão, uma vez que a zona norte do país é caracterizada pelos minifúndios, terrenos pequenos, de relevo acidentado, com acessos precários e, muitos deles, alvo ainda de partilhas de herdeiros”

a sul, paulo freitas, responsável pela agência imobiliária era de almancil, no algarve, também afirma que se tem visto um ressurgimento de procura de terrenos para produção agrícola e alguma procura de antigas propriedades rurais para recuperação e aproveitamento para turismo. “aproveitam oportunidades para comprar propriedades com charme e alma que se desviam das propriedades que se têm construído no algarve nos últimos 20 anos”, conta ao idealista news

segundo o promotor imobiliário, são os jovens portugueses quem mais tem terrenos agrícolas. já nas propriedades para hotéis ou casas com charme, os principais interesados são, na sua maioria, estrangeiros, “nomeadamente belgas e franceses”, diz
 

Resumo diário: 
o mercado imobiliário tem sido um dos mais castigados com a crise económica. as casas não se vendem, as hipotecas ficam por pagar, os despejos aumentam e a angústia das famílias também. o cenário é conhecido sobretudo nas cidades, mas como será nas zonas rurais? o tão falado “regresso ao campo” existe mesmo?

o mercado imobiliário tem sido um dos mais castigados com a crise económica. as casas não se vendem, as hipotecas ficam por pagar, os despejos aumentam e a angústia das famílias também. o cenário é conhecido sobretudo nas cidades, mas como será nas zonas rurais? o tão falado “regresso ao campo” existe mesmo?

Resumo semanal: 
o mercado imobiliário tem sido um dos mais castigados com a crise económica. as casas não se vendem, as hipotecas ficam por pagar, os despejos aumentam e a angústia das famílias também. o cenário é conhecido sobretudo nas cidades, mas como será nas zonas rurais? o tão falado “regresso ao campo” existe mesmo?
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jovens portugueses apostam na agricultura. estrangeiros investem em casas de charme

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